Avaliação de charutos (CUBA — Montecristo)

Puro charuto
Puro charuto
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5 min readFeb 15, 2016

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(Avaliação atualizada em março de 2024)

>Montecristo (Dantes)

Charuto sem graça toda a vida. Um sabor meio neutro e bastante apagado. Não tem nada que chame a atenção. Não tem nada de interessante. Um tabaco que eu vou me esquecer facilmente. Fumável, mas desprezível.

NOTA: 4

> Montecristo (Nº 1)

Uma tristeza de charuto. Molenga, como se faltasse tabaco. Queima muito ruim. Sabores confusos e sem volume. Um dos piores habanos que eu já fumei.

NOTA: 2

>Montecristo (Nº 5)

Um charuto difícil de ser fumado, com sabores muito apagados, restando apenas um gosto de fumaça sem vida. E a fumada é um tanto dura e seca, sem delicadeza nenhuma. O problema é que sempre existem opções melhores, como o Rafael Gonzales (perlas), por exemplo, do mesmo tamanho. E outros de tamanhos similares, mas bem mais baratos.

NOTA: 4

>Montecristo (Churchill Añejados)

É um charuto meio triste. É caro. É um tanto decepcionante. Apresenta um sabor que lembra um pouco os dominicanos. Acontece que os añejados é fora da curva em termos de sabor por ser envelhecido e trazer outras tonalidades, mas não apresenta um resultado satisfatório. Então, é apenas diferente. Está longe de competir com os grandes. É apenas meio banal e sem vida. O nome “añejados” não quer dizer “mágica”.

NOTA: 5

>Montecristo (Petit Tubos)

Meio bom meio ruim. Traz nuances boas de sabor, mas nada muito interessante. Aquela dureza e seriedade da marca que não me encantam. Então o charuto parece que vai errar a mão a qualquer instante. Fica muito no limiar entre o agradável e o quase rasgante. Não tem frescor nem poesia. Apenas um charuto onde tudo é médio. No final dá uma melhorada. Pode agradar os menos exigentes.

NOTA: 5

>Montecristo (Edmundo)

Um sabor de café torrado, com algo forte de couro. Um sabor meio terroso. Fica sempre naquele meio termo, não vai nem fica. Não tem doçura, nem aquele amendoado gostoso da marca. Pouco prazer e sabores confusos. Algo de amargor ronda toda a experiência. Talvez o pior custo-benefício entre os cubanos. É como se fosse uma longa jornada em busca de uma identidade.

NOTA: 5

>Montecristo (Open Junior)

Charuto pequeno. Um tamanho bom pra uma fumada sem muito tempo. O começo é bom, traz o bom blend da linha Open. Traz um gosto de frutas secas ao fundo. É agradável, embora não tenha o volume de sabor que um charuto maior poderia entregar. Não é algo que vá a marcar, não entrega sabores especiais, mas é até agradável.

NOTA: 5,5

>Montecristo (Open Master)

De início, bom sabor e aroma. É um charuto mais leve que traz o sabor da linha Open. Um charuto que entrega um sabor correto e justo, sem destaques. A questão aqui é que porque fumá-lo se existe um Open Eagle muito, mas muito melhor.

NOTA: 6

> Montecristo (Linha 1935 Dumas)

A linha 1935 é a novidade dos Montecristo que a traz em três diferentes bitolas sendo a Dumas a de tamanho menor. A proposta é trazer um sabor mais forte que os demais da marca. Ao fumá-lo, não achei assim muito mais forte que os regulares, apenas um pouco. De todo modo, é um charuto mais calmo, mais macio e mais relaxado que os Montecristo regulares. Traz algo de café com leite, ou bala toffee, um caramelo…Não apresentou nenhuma evolução nem sabores de destaque. E a queima é horrível.

NOTA: 6

> Montecristo (1935 Maltés)

Este charuto não tem um sabor exatamente cativante. Traz suas notas defumadas e algo que me lembrou alcachofra. Mas eu tenho que reconhecer que é incrivelmente equilibrado. Muito suave em boca, transmite calma o tempo todo e não tem arestas nem excessos. Apenas o blend me pareceu cansativo, mas volto a dizer, é muito equilibrado e revela um tabaco de qualidade. Como sempre, o Montecristo sempre traz tabacos sérios e nada descontraídos.

NOTA: 7

>Montecristo (Double Edmundo)

Um charuto quase que praticamente neutro, com aquele amadeirado dos Montecristo, bem maduro e com ar de envelhecido. Uma fumaça muito macia, mas sabor bem sério. Eu diria que é um charuto em que tudo está certo, não tem nada errado. Mas o sabor, para o meu paladar, deixou a desejar. Gosto de charutos mais claros, alegres, mais aromáticos e não tão sombrios. O charuto traz muito pouca emoção e quase nenhum mistério.

NOTA: 7,5

> Montecristo (Nº 4)

Charuto padrão. Fluxo, sabor e aromas num ponto médio e correto. O sabor de tabaco é bem proeminente, ou seja, quase não temos outras nuances aqui. Então é um charuto que é bem cubano mesmo. O segundo terço vai trazendo aos poucos um café torrado. Um charuto justo e correto, sem nada que fuja do justo e correto.

NOTA: 7,5

>Montecristo (Nº 2)

Sabor de tabaco sem grandes nuances. Um sabor vegetal que aos poucos vai cedendo espaço para o amadeirado estilo sério da marca. Ao final, uma picância agradável vem para o primeiro plano. Sem emoções.

NOTA: 7,5

>Montecristo (Petit Nº 2)

O charuto traz bastante coisa do Nº2. Talvez um pouco mais doce. O amadeirado está aqui, as amêndoas e tal. E no fim, um gosto de café com leite gostoso. Um charuto agradável, mas assim com seu “pai” o Nº2 não apresenta grandes emoções.

NOTA: 7,5

> Montecristo (Especiales Nº2)

Charuto um pouco seco no paladar. Fumaça bonita e gostosa. Sabores sérios, mas elegantes. Um pouco adstringente o tempo todo. Tende a apagar durante o percurso. O formato eu não curto muito porque por ser fino, tem 32 de ring, demora muito a queimar ficando meio enjoativo, mas é um formato interessante e difícil de encontrar em outras marcas. Um charuto bom.

NOTA: 7,5

> Montecristo (Aniversário 80 anos)

Esse tabaco é bem temperado, me lembrou alguma coisa de cominho ou coentro. Desde o início duas coisas ficam claras. Primeiro, a capa. Que capa! Uma oleosidade, uma maciez, muito agradável ao toque, parece a pele de uma italiana que eu conheci certa vez de tão fantástica. Segundo, a sobriedade. Trata-se de um charuto sério e noturno, até sombrio. Não é um tabaco alegre e frutado, é mais amadeirado, mais velho. Não é exatamente o estilo que eu curto e considero que é uma característica dos Montecristo ser mais sério e mais adulto. O problema é que eu considero um pouco cansativo esse caráter muito fechado. Mas é um tabaco cheio de nuances e vale a comemoração dos 80 anos embora eu ainda prefira o Open Eagle para um comemoração de aniversário.

NOTA: 8

>Montecristo (Petit Edmundo)

É um bom charuto. Sabores e aromas muito atraentes com uma doçura muito gostosa. Um certo sabor de cacau muito presente envolto em aromas amadeirados típicos dos Montecristo. O único problema aqui é que o charuto tende a apresentar certo amargor depois da metade, mas nada que comprometa.

NOTA: 8

>Montecristo (Open Eagle)

Um pouco indefinido nas primeiras baforadas, mas depois de 10 min revela um sabor e um aroma bastante maravilhosos. Tem algum mistério, algum conforto. Muito na medida. Uma certa canela, um certo café bem de fundo. A dureza inicial se acalma e se mistura com o charuto para entendermos que essa intensidade toda é parte fundamental de sua personalidade, como num guerreiro. Queima excepcional. Mantém a pose e o sabor até o fim. Pra fumar devagar, sentido sua exata cremosidade. Sabor intenso, complexo e cheio. E sobretudo muito saboroso. Evolui de maneira sofisticada. Poderia ser um pouco menor e um pouco mais calmo no geral, mas, sem dúvida, o melhor do cardápio Montecristo.

NOTA: 9

(Flavio Correa)

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